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Ironman 70.3 Foz do Iguaçu – Impressões Gerais

6 de setembro de 2014 4 comentários

Bom, agora que já contei como foi minha prova quero contar o que achei do evento como um todo. Não só a prova mas tudo que envolve a prova.

Ironman Foz

O evento teve início na quinta-feira, com a abertura da expo e início da entrega dos kits. Como só pude ir pra Foz na quinta à noite, esse dia não existiu pra mim.

Ainda na noite de quinta, quando fui montar a bike (o bike check in era na sexta) acabei quebrando, isso mesmo, quebrando um alongador da válvula do meu pneu traseiro. Na gambiarra eu ia conseguir fazer a prova mas se aquele pneu furasse, já era, não tinha como substituir a câmara. Precisava arrumar outro alongador.

Acordei cedo na sexta-feira pra ir buscar o kit logo na primeira hora, tentar arrumar um alongador novo, dar uma olhada na feira (sempre arrumamos uma coisa nova com a marca Ironman pra comprar, impressionante!), voltar pro hotel, terminar de arrumar a bike e as sacolas, levar a bike pro check in e ainda queria tentar assistir ao Congresso Técnico pra pegar os detalhes da prova e do transporte pra largada.

Essa prova teve uma logística diferente. Como a T1 e a T2 não eram no mesmo lugar, no dia da prova não teríamos acesso à sacola da corrida antes da largada (ela estaria na T2 e nós na T1). Pra facilitar a vida dos atletas e acompanhantes, a organização colocou o estacionamento oficial da prova na chegada e proibiu a passagem de carros que não fossem da organização até a área da largada e colocou vários ônibus fazendo o transporte de atletas e acompanhantes da chegada para a largada.

Tinha tudo pra ser uma enorme confusão, porém, tudo correu às mil maravilhas. Todo mundo chegou cedo pegou os ônibus da organização e foi pra largada num clima espetacular que não me lembro de ter visto em outras provas. O Iron de Floripa é uma tensão pré prova fora do normal. Todo mundo tá nervoso com o que pode vir a acontecer… La em Foz não! Todo mundo sorridente e fazendo piadas no ônibus, área de transição com vários sorrisos, atletas confraternizando, tirando foto… Um clima muito leve e legal!!!

 

A natação num lago acaba deixando as pessoas que, como eu, não sabem nadar mais tranquilas. Pelo menos tínhamos a certeza de que não ficaríamos tomando ondas na cabeça pra entrar e sair da água… Rs.

A única reclamação que tenho da natação é que, não sei se pra todo mundo, nunca consigo ver direito a direção que tenho que tomar pra voltar pra areia! Todas as boias do percurso são muito grandes e fáceis de visualizar, mas na hora de sair da água sempre fico perdidinho tentando adivinhar onde é a saída. Concordo que deve ser falta de hábito de natação no mar, mas será que custa tanto colocar uns “wind flags” gigantes na saída da água??? Ou aqueles balões, pra fazer uma sinalização legal???

Óbvio que isso não me faria nadar bem, mas que ia dar uma força pra que eu nadasse menos, ahh, isso daria… (OBS: nadei quase 2.300m ao invés dos 1.900m oficiais da prova. Rs)

 

O ciclismo foi muito duro com subidas e descidas, freadas e retomadas, momentos rápidos e lentos… Tinha tudo e foi bem interessante. Asfalto muito bom na maior parte da prova (antes de entrar na área da usina tinha uns trechos um pouco prejudicados, nada grave, e alguns quebra molas).

A única coisa que posso reclamar é de mim, que eu não esperava uma prova tão dura e treinei errado. Na próxima vez que eu for pra lá farei aquelas subidas como se fossem planos… rs

 

A corrida, além de também ter tido várias subidas, como foi numa única perna de 21km acabou sendo muito solitária. Quando o percurso é em voltas e em mão dupla, você acaba passando por várias pessoas o tempo todo, tanto atletas como acompanhantes. Lá isso não acontecia. Os acompanhantes só te viam passar na T2 e depois só iam te ver novamente na chegada. Infelizmente meu fã clube não foi assistir, logo, pra mim, acabou não fazendo muita diferença. Mas deu pena de ver os acompanhantes fritando no sol sem nenhum tipo de notícias dos atletas que foram ver…

 

Infelizmente a solidão dos corredores é um problema, a meu ver, de solução muito complicada. Usinas hidrelétricas são área de segurança nacional. Não dá pra liberar a entrada e circulação de pessoas por qualquer lugar. Reduzir o percurso diminuiria essa sensação porém deixaríamos de ter uma paisagem espetacular durante a prova… É difícil…

Aliás, o percurso, apesar de muito duro é muito bonito. Pra quem é da área de energia então, como eu, é quase um presente divino poder participar de uma prova dentro de uma hidrelétrica…

 

No geral achei a prova muito boa e gostaria de dar os parabéns à Latin Sports que, dessa vez, fez um evento espetacular.

 

Ainda não sei quando vai dar pra voltar lá mas espero que em 2016 isso seja possível.

 

Vamos que vamos!!!