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Altos e baixos…
A vida é cheia de altos e baixos… E nos esportes não poderia ser diferente…
Um dia você está se sentindo bem. Nada, pedala e corre como se fosse ninja. No outro dia afunda na natação, cai da bike e tropeça correndo… Faz parte!
Depois da Maratona do Rio, comecei a focar um pouco mais na velocidade pro 70.3 de Foz… Acabou não dando muito certo já que a prova não foi exatamente o que eu esperava mas, com certeza, eu estava um pouco mais rápido…
Não era o período mais rápido da minha vida mas certamente era um período rápido… (para os meus padrões, obviamente).
Desde que passei a fazer meus treinos baseados na frequência cardíaca, como diz o livro do Phill Mafetone, as coisas têm evoluído de maneira interessante…
Para dar uma ideia, outro dia precisava fazer um treino de 60min na frequência de 165bpm. Corri pouco mais de 12km, o que dá um pace médio de 4:55min/km. Acreditem, isso pra mim é rápido. Ainda mais com o limite de 165bpm.
Alguns dias depois fui participar da etapa primavera do Circuito das Estações aqui no Rio. Prova de 10km que eu não ia precisar me preocupar com a frequência cardíaca mas resolvi tentar manter sempre abaixo de 175bpm. Imaginava eu que poderia sair alguma coisa perto de 4:45 ou 4:50min/km… Mega engano!!! Fiz a prova toda no 175 com picos de 180bpm e o pace médio ficou em 5:11min/km… Que sinistro…
São tantas variáveis que influenciam esses resultados que fica complicadíssimo descobrir o que aconteceu… Temperatura? Noite mal dormida? Pernas cansadas? Expectativa pela corrida? Sei lá…
De qualquer maneira, acho que a coisa tá melhorando sim… Mas bem que eu podia dar a sorte de coincidir um dia “alto” com uma provinha… Só pra dar o gostinho de fazer rápido… rsrsrs
Dizem que a sorte acompanha quem se dedica… Tô tentando me dedicar um pouco mais… rs
Corrida de São Sebastião 2014 – A prova
A Corrida de São Sebastião é, na minha humilde opinião, a mais tradicional do Rio de Janeiro. Há uns anos atrás, por motivos que não sei explicar, ela não aconteceu e alguns corredores se reuniram nesta data fazendo uma “manifestação” pela Corrida de São Sebastião. A “manifestação” aconteceu correndo no horário e local onde ela deveria estar acontecendo. Posso estar enganado mas acho que isso aconteceu em 2008…
Nessa época do ano o clima no Rio de Janeiro é muito quente e aliado ao fato de não ser uma corrida “modinha”, acaba sendo uma corrida que não fica lotada. Até poucos anos atrás só tinha a prova de 10km, depois acabaram incluindo os 5km tb, acho até que por uma questão de sobrevivência… O fato de não ficar lotada é legal pq a corrida acaba ficando menos embolada. Uma curiosidade que percebi esse ano é que acho que tinha mai9s gente pra correr os 10km do que pra correr os 5km. Posso estar enganado, mas na hora do retorno dos 5km, a maioria que estava perto de mim continuou na perna dos 10k… Estranho mas bem legal!
Fato é que essa é uma corrida que gosto de participar e dificilmente fico de fora. Apesar do calor, apesar de ser sempre “meu” início de temporada e apesar de várias outras coisas, eu gosto de correr essa prova!
Ela aconteceu nesta última segunda-feira, 20/01 – dia de São Sebastião, óbvio, e como previsto, o Astro Rei não deu trégua. Quando acordei até achei que ia ficar nublado mas quando saí de casa as nuvens já estavam se dissipando…
Minha pretensão inicial era fazer uma corridinha tranquila, sem forçar muito, até em virtude do calor e minha fase atual de treinos que ainda está no período de base, bem devagar etc. Bom, eu queria fazer os 10km em 55min.
O problema de se pré-estabelecer um tempo, mesmo que não se tenha nenhum compromisso com ele, que é o meu caso, é que você acaba ficando preso a isso e acaba sendo atrapalhado. Infelizmente não consigo ir pra prova nenhuma sem antes fazer uma previsão do que vai acontecer e do tempo que vou levar pra terminar… Normalmente costumo ser bastante conservador nesse quesito e acabo, na maioria das vezes, terminando antes do previsto. Dessa vez não foi diferente…
Quando toca a buzina e a corrida começa, seu corpo esquece que você ainda está na época do treino de base, que a temperatura está em mais de 30°C antes das 8h da manhã etc. Aliás, seu corpo nunca soube disso… Ele só se lembra de quão rápido você já conseguiu correr um dia e acha que é possível correr assim também naquele momento… E você corre!
Corre até que a conta chega e, de uma hora para outra, o mesmo corpo que queria correr já mudou de ideia e agora só quer parar. As posições na briga mental entre correr forte x correr fraco se invertem e nessa altura da corrida já não se sabe mais se quem manda é o corpo ou a mente… É uma loucura generalizada…
Resumindo a prova, comecei mais forte do que deveria, paguei o preço disso nos kms 6 e 7 e depois disso consegui “encaixar” novamente um ritmo legal e terminei a prova numa boa, inclusive com um tempo mais baixo do que o planejado, 52min40s.
A única coisa que não gostei é pq eu gosto de ir acelerando no decorrer da prova e consigo fazer isso na esmagadora maioria delas. Os últimos kms são, quase sempre, mais rápidos do que os primeiros… Nessa prova o pace começou legal, aumentou no meio da prova e voltou a cair no final, fazendo uma morro que me desagrada um pouco. Vamos relevar pq foi a primeira prova do ano e só estou com 15 dias de treinos… Ahh, e poderia ter sido pior: o pace poderia ter começado a aumentar e continuado aumentando até o final… OBS: aumentar o pace significa diminuir a velocidade!
Sobre o sol, só percebi que estava quente pra caramba depois que terminei… Acho que os treinos de corrida depois do pedal, lá em Magé, ao meio dia, acabaram me fazendo esquecer o sol enquanto corro…
No geral gostei do resultado e to começando a achar que vai ser um ano mais rápido do que eu estou acostumado… Fatalmente recordes virão!
Até quando???
Eu estava com um post prontinho pra colocar aqui hoje quando fui surpreendido por uma péssima notícia:
Triatleta é internada após ser derrubada em assalto no Rio
A atleta em questão é conhecida minha, já fizemos alguns treinos juntos. Não tão juntos assim porque ela é realmente rápida!
É impressionante a falta de segurança a que todos nós, atletas ou não, estamos expostos.
Provavelmente o ladrão não sabe do que se trata pois é uma bike difícil de ser repassada. O mercado “paralelo” dessas bikes é praticamente inexistente no Brasil. Vamos fazer nossa parte e jamais comprar bikes, peças e qualquer outra coisa (celulares, tablets etc.) que não tenham a origem comprovada. Só assim conseguiremos dar um basta nisso.
Pode parecer besteira falar isso mas aí vai: Só depende de nós! Façamos a nossa parte! Não sejamos receptadores de mercadorias roubadas!
A bike roubada foi uma Cérvelo P3 com grupo Shimano Dura Ace e rodas Mavic de treino. Vamos ficar de olho porque vai acabar aparecendo…
Quando estiver menos revoltado coloco o outro post!
Fui!
XVII Meia Maratona Internacional do Rio
No próximo domingo, 18 de agosto de 2013, ocorre a XVII Meia Maratona Internacional do Rio.
Mais uma vez vou correr essa prova que é um tanto quanto especial pra mim.
Em 14 de setembro de 1997 fiz minha primeira corrida de rua. A então inédita Meia Maratona Internacional do Rio foi a prova!
Naquela época eu não tinha a menor ideia do que era uma Meia Maratona. Nem eu e nem minha família, já que naquela época eu era menor de idade e meus pais tiveram que assinar uma autorização pra que eu pudesse correr.
Era tanta propaganda que passava na televisão chamando as pessoas pra correrem de São Conrado ao Aterro do Flamengo que acabei me empolgando e me inscrevi pra essa loucura. Sim, é uma loucura correr uma prova de 21km sem saber do que se trata. Muita loucura!
Na véspera da prova divulgavam que cerca de 7.000 atletas estavam inscritos. Pois é, eu era um deles.
Calcei um par de tênis que usava no dia a dia pra diversas coisas e parti pra São Conrado na data e hora marcadas pra largada.
Acho que até aquela data nunca tinha participado de um evento com tanta gente (ok, jogos no Maracanã não contam, eu ia direto). Um povo feliz querendo simplesmente se divertir de maneira simples. Que beleza!
Naquela época, não havia cronometragem por chip, tempo líquido, fotos nos sites e essas outras coisas modernas… rsrsrs
Mas então, como era feito o controle de quem largou e quem chegou??? Se não tinha tapete de cronometragem, qualquer um poderia entrar no meio da corrida, cortar caminho, etc. Não, não podia. O número de peito vinha com 3 números menores e destacáveis. Um era entregue na largada, o segundo era entregue +/- no meio do percurso, no Leme, onde havia uma volta que dava um vontade enorme de burlar (e ainda bem que não fiz isso), e o terceiro número era entregue na chegada.
Bom, depois de uns dias, o resultado saiu impresso nas lojas dos Classificados O Globo e eu fui lá pra me procurar.
Lembra dos 7.000 inscritos? Pois é, pouco mais de 4.000 cruzaram a linha de chegada sem serem eliminados (teve um pessoal que pulou um trecho do percurso, lembra da volta no Leme onde se entregava o segundo número?).
Minha colocação foi 3.999 e meu tempo, bruto, foi de cerca de 3 horas. Infelizmente não consegui encontrar o tempo oficial.
Lembro bem da chegada, enquanto eu passava no Aterro do Flamengo ainda no sentido Centro, faltando uns 3km, várias pessoas já voltavam no sentido Botafogo. Aquele pessoal todo fantasiado de Papai Noel, Super Homem, Noiva, idosos cobrando uma categoria acima de 70 anos… Pois é, todos eles estavam na minha frente.
Foi uma manhã divertida. Pena que me custou quase uma semana sem conseguir me movimentar direito… 😉
Tomara que no próximo domingo eu me divirta tanto quanto da primeira vez, porém, com um pouco menos de sofrimento, principalmente no pós prova…
Estadual de Triathlon – Rio de Janeiro – 2ª etapa – A Prova
Demorei um pouco mas aí vai minha opinião sobre a prova, principalmente sobre minha “bela” performance… rsrsrs.
Congresso técnico em local novo e até que foi bem legal. Novidades apresentadas como as mudanças nos percursos da bike, a largada separada dos homens e das mulheres… Até que gostei das novidades, só vai complicar pra entregar o kit se tivermos um dia chuvoso…
Tudo pronto e organizado, chegou a hora de partir para o Aterro do Flamengo, com o dia ainda escuro. Gosto de chegar cedo pra poder organizar com calma minhas coisas na área de transição. Não se pode esquecer de nada nesse momento. Com calma, consigo repassar mentalmente tudo o que preciso fazer nas duas vezes que terei que passar por este local, e isso evita que as coisas sejam esquecidas dentro da mochila.
Ainda na transição, pude encontrar e cumprimentar o grande atleta Diogo Sclebin. O cara é bastante gente boa e até parou pra bater papo comigo e mostrar a nova tatuagem em homenagem às Olimpíadas de Londres…
Hora da largada e toda vez me assusto com a distância que as boias ficam… É muito longe. rsrsrs.
Nessa hora, o bom de participar da prova olímpica é que a largada da short é antes e isso contribui pra diminuir a ansiedade… Pelo menos a minha.
Novamente, quando tocou a buzina, não fiquei esperando a coisa acalmar pra pular na água. Fui junto com o pelotão do meio (é obvio que não posso me misturar com os líderes ou vou acabar apanhando muito mais dentro da água do que já apanho). Apesar de eu só ter visto isso pelo GPS quando cheguei em casa, minha primeira volta na natação foi muito boa, só que isso tem um preço e a segunda foi muito ruim. Resultado: fiz exatamente o mesmo tempo de natação da prova anterior. Nadinha melhor. Foi decepcionante mas, tratando-se de natação, só de não ser o último já fico satisfeito. Mas preciso treinar muito mais a natação, isso tem que melhorar…
Tirei rápido a roupa de borracha e consegui sair pra pedalar bem rápido e aí se iniciou minha segunda decepção.
Treinei muito o ciclismo nesses últimos meses e esperava, sinceramente fazer um pedal muito mais rápido, porém, não foi possível. Quando iniciei, estava pedalando muito fácil na casa dos 35km/h, o que me surpreendeu muito positivamente. Mas só durou até chegar o retorno. Minha velocidade era, em parte, por causa do forte vento que soprava no sentido Niterói no elevado da Perimetral. Quando tive que retornar, parecia que tinha alguém me empurrando pra trás… E toma-lhe força pra manter uma média final cravada em 30km/h.
Nas outras voltas, já sabendo do vento, cheguei a manter 40km/h num trecho de vento a favor… Ahh se fosse sempre assim… rsrsrs.
Deixando a bike, rapidamente também calcei os tênis e parti para os 10km de corrida num ritmo bem forte, na casa de 4:40min/km, mas não consegui manter até o final, fechando a corrida num pace médio de 5:15min/km. O que considerei bem razoável foi a única parte da prova que não me decepcionei muito.
Finalmente, depois de 2h48min, cruzei a linha de chegada.
É impressionante a sensação de cruzar essa linha. Nessa hora, acho que sou capaz de fazer qq coisa no mundo… Muito bom.
Que venha o Ironman 70.3 Miami… Até lá ainda tenho muito treino pra fazer…
OBS: Dessa vez tive a companhia e torcida dos meus pais durante toda a prova. Muito legal isso. Aliás, esse é o motivo de ser um post fotográfico…
OBS2: Lembra lá da segunda foto? Eu, Diogo Sclebin e Gustavo Slaib… Pois é: O Sclebin foi o 1° colocado, o Slaib foi o 5° e este que vos escreve o 98°… Não consegui aprender nadinha no bate papo pré prova… rsrsrs
Estadual de Triathlon Olímpico – 1ª etapa de 2012
Aleluia… Chegou o dia do 1° Triathlon Olímpico.
O sábado foi inteiro de descanso e aproveitei pra ir no simpósio na hora de buscar o kit.
Número de peito, touca, número pra bike… Tudo na mão e, com a largada às 07h da matina, aproveitei pra deixar a bike no carro na noite de sábado.
Domingo, toca o despertador, tomo um banho e o café da manhã. Às 5h30min saí de casa rumo ao Aterro do Flamengo. Desta vez, como cheguei cedo, consegui estacionar meu carro no posto BR de frente pra área de transição.
6h30min e já estava com a bike e os acessórios do pedal e da corrida todos prontos na área de transição.
Logo depois era uma confusão tremenda na transição… Todo mundo “correndo” pra deixar tudo pronto a tempo da largada.
Parti pra areia pra esperar a largada. Nesta etapa, tivemos a participação especial do Luciano Huck na categoria Short. Era um tal de gente querendo tirar foto do cara e com o cara que, sinceramente, não sei como ele aguenta.
Com um pouco de atraso foi dada a largada do Short e depois que o último colocado cruzou a penúltima boia, largada do Olímpico. Coração a mil e lá vai a narrativa da prova nas 3 modalidades:
Natação – Dessa vez, optei por não esperar muito a confusão da largada acabar e com 30 segundos já estava dentro d’água dando minhas braçadas. Eram duas voltas no percurso de 750m e eu sabia que a natação seria decisiva pra minha meta de buscar as 2h45min no total. Parti com disposição pra tentar fechar em 30min. No final da primeira volta, olhei para o relógio e estava com 14min e 30s , perfeito pras minhas pretensões mas não consegui manter o ritmo e saí da água com 31min. Corre até a área de transição, tira a roupa de borracha, coloca capacete, seca o pé, coloca a meia e sai correndo pra iniciar o pedal. Até aí o cronômetro já marcava 37min.
Pedal – Montei na bike e lembrei que a meta aqui era manter a velocidade acima de 30km/h. Com 1km de prova percebi uma vibração estranha e percebi que o suporte de caramanhola ia cair. Agora vem a parte do “como pude ser tão idiota?”. Sem parar, tirei a bomba, que fica presa no mesmo suporte, tirei a garrafa pra colocar no outro suporte e aproveitei o clima pra pegar um carboidrato gel. Nessa hora, completamente distraído, acertei uma das grades que separam a pista para os carros… Foi uma pancada tão feia que não sei como nada mais grave aconteceu. Caí, derrubei a grade e perdi meu gel… Levantei e, como nenhuma parte do meu corpo estava faltando, soltei a bike da grade (sim, ficaram enroscadas) arrumei o guidon na posição correta e voltei a pedalar. Nessa altura, o pedal já estava completamente comprometido. Vários arranhões no corpo, o dedo médio da mão esquerda doendo demais, que dificultava a troca das coroas e a roda da frente toda empenada arrastando no freio (isso só pude confirmar depois do final da prova, mas pela força que tinha que fazer, tive certeza de que algo estava errado). Esse foi meu pedal durante os +/- 38kms que faltavam depois do acidente. Com tudo isso, e fazendo muuito mais força do que de costume, fechei o pedal com 1h24min. Média de 28,5km/h.
Corrida – Larguei a bike e calcei os tênis pra correr. Minha meta era fazer 55min mas eu sabia que podia ser melhor que isso. Fui tentar, literalmente, correr atrás do tempo perdido. Impressionante como as pernas não obedeciam… Forcei realmente muito na bike e na hora de correr, paguei o preço. Duas voltas de 5km cada e tudo o que consegui foi um tempo de 57min. Pace de 5:42min/km.
Resumão da história: Fiz um tempo de 2h58min quando minha pretensão era beirar as 2h45min. Muito ruim, mas diante dos acontecimentos, foi lucro.
Pelo menos consegui não ser o último da categoria. Rsrsrs
Colocação geral: 170/184
Colocação na categoria M3034: 48/51
Foi ou não foi lucro???
Tô feliz!!!